Johnson & Johnson e processos relacionados a câncer

Johnson & Johnson se tornou capa de jornais em todo o mundo e não foi nada positivo! A empresa está sendo acusada por 22 mulheres como responsável por causar câncer nelas.

A Suprema Corte dos Estados Unidos recusou recurso da Johnson & Johnson que tentava não pagar uma indenização de 2,1 bilhões de dólares para 22 mulheres que moveram ação contra a empresa.

Após uma disputa brutal, a empresa continua obrigada pela justiça norte-americana a pagar o valor milionário de indenização. E você quer saber tudo que rolou? A gente te explica!

O que causou o processo contra a Johnson & Johnson?

A Johnson & Johnson vem utilizando amianto em sua linha de talcos, inclusive, nos talcos desenvolvidos para bebês.

O uso de amianto na formulação do produto está intimamente relacionado com o câncer de ovário desenvolvido por mais de 20 mulheres que usavam os produtos Johnson & Johnson regularmente.

Após identificar o problema, elas entraram na justiça recorrendo por indenização que foi concedida por todas as cortes norte-americanas e, mais recentemente, a Suprema Corte encerrou o caso julgando que o pagamento deveria ser executado pela empresa.

A disputa judicial foi desgastante, exigiu anos e foi muito intensa. Um recurso anterior permitiu que a pena que antes era de 4 bilhões de dólares fosse reduzida para 2,1 bilhões.

Representada por um ex-procurador-geral, a empresa recorreu em todas as instâncias, mas não saiu tão vitoriosa quanto desejava.


Você está cansado de trabalhar em um escritório e gostaria de ter mais liberdade e flexibilidade em seu trabalho?.

Empresas que fornecem serviços para fazer em casa são uma ótima opção para aqueles que desejam trabalhar remotamente.
Se você está interessado em trabalhar em casa com uma empresa que fornece serviços

Clique aqui →, Empresas que dão serviços para fazer em casa para ver uma lista de empresas que disponibilizam serviços.

As mulheres que processaram a empresa estavam representadas por Kenneth Starr, promotor conhecido pela investigação sobre a vida íntima de Bill Clinton.

Entenda a decisão dos tribunais

De acordo com o Tribunal do Missouri, a Johnson & Johnson vendeu para seus clientes “com conhecimento de causa produtos que continham amianto” substância que é reconhecidamente cancerígena.

Na Suprema Corte, Starr defendeu em sua petição que a rejeição da revisão de condenação ocorresse alegando que “a empresa sabia há décadas que vendia amianto”.

Ainda na petição, ele alega que a Johnson & Johnson “poderia ter protegido os consumidores trocando o amianto por um derivado de milho”. Aliás, essa proposta foi feita por cientistas da empresa em 1973, mas os diretores da empresa rejeitaram.

Uma vez que, para ficar mais seguro com a substituição do amianto por derivado de milho, o lucro do produto iria cair.

O amianto era muito mais barato quando comparado ao uso do derivado e por isso, os responsáveis continuam vendendo um produto sabidamente cancerígeno.

O que diz a FDA sobre o caso?

Você deve estar se perguntando onde estava a famosa FDA que é a agência de supervisão de segurança dos alimentos nos Estados Unidos, que cumpre papel parecido com o da Anvisa no Brasil.

Bom, fato é que a Johnson & Johnson sofreu mais de 9 mil processos nos Estados Unidos nos últimos anos por causa do amianto no talco.

Diante de tamanha repercussão, é lógico que a FDA precisava se posicionar. E por isso, em 2018 fez um estudo com amostra do produto onde não foi encontrado a presença de fibra cancerígena.

Por isso mesmo, em alguns dos tribunais a Johnson & Johnson saiu vitoriosa usando o estudo para comprovar que o câncer de algumas pessoas que processaram a empresa em nada tinha relação com o uso do talco.

Mas a questão não parou por aí! Para se redimir com os clientes e cessar a crise de imagem, em 2012 a empresa anunciou que eliminaria todos os componentes potencialmente prejudiciais para a saúde de sua linha cosmética.

E não parou por aí! Em maio de 2020, a empresa informou que deixaria de vender seu talco para bebê nos Estados Unidos e no Canadá.

Na época, a empresa justificou que estava focando em reavaliar seus produtos de consumo por causa da covid-19. E reforçou ainda que foram décadas de estudos científicos independentes, que apoiam a segurança total dos produtos da empresa.

O talco de bebê é um dos símbolos da Johnson & Johnson

Tanta polêmica não é em vão! Além do enorme risco para a saúde de comercializar um produto potencialmente cancerígeno, o talco de bebê é um dos símbolos da Johnson & Johnson.

Afinal, é um produto com quase 130 anos de mercado, que foi usado por inúmeras gerações e que nos últimos anos esteve no centro das suspeitas por causa do amianto na formulação.

O mundo inteiro já noticia que amianto é um produto com alto potencial cancerígeno ao longo das últimas décadas. Por isso, uma empresa como a Johnson & Johnson utilizar amianto na formulação de seus produtos para bebês é um verdadeiro escândalo.

Principalmente por ser um item que praticamente todas as mães usavam em seus filhos para prevenir assaduras.

Ao todo, foram 38 mil processos instaurados principalmente por mulheres contra a Johnson & Johnson que acusam a empresa apontando que o uso do produto desencadeou câncer de ovário.

Veja também: Trabalhar em casa com produção de embalagens – Melhores opções!

O talco deixará de ser vendido em todo o mundo

A Johnson & Johnson anunciou que o talco que é alvo de tamanha discussão judicial deixará de ser vendido em todo o mundo nos próximos anos.

Por isso, se você era fã do produto e não sabia da polêmica, não se espante caso não o encontre mais disponível nas prateleiras de suas lojas preferidas.

A polêmica em volta do talco coloca uma série de consumidores cada vez mais alertas sobre os produtos que estão usando no dia a dia, principalmente em seus filhos.

Dar uma conferida no rótulo dos produtos nunca é demais! E te dá a chance de preferir itens mais naturais.

Afinal, a exposição a substâncias cancerígenas é um risco para a saúde. Infelizmente, muitos produtos industrializados são compostos por essas substâncias e fazem parte do dia a dia.