Investir no Exterior: Guia Completo para Começar e Diversificar

Investir no exterior tem se tornado uma opção cada vez mais atraente para quem busca diversificação e proteção contra a volatilidade local.

Seja para acessar novos mercados, investir em empresas globais ou proteger seu patrimônio, as oportunidades internacionais oferecem diversas vantagens.

Este guia completo vai te mostrar tudo o que você precisa saber para começar a investir no exterior de forma segura e eficiente, além de explicar como diversificar seus investimentos em ativos globais.

Por Que Investir no Exterior?

Diversificar os investimentos além das fronteiras nacionais oferece uma série de benefícios que vão além da simples proteção contra crises econômicas locais.

Aqui estão algumas das principais razões para considerar o mercado internacional:

Diversificação geográfica:

Ao investir em diferentes países, você dilui o risco de eventos econômicos ou políticos afetarem todo o seu portfólio.

Acesso a empresas globais:

Investir em gigantes como Apple, Microsoft, Tesla ou outras empresas líderes de mercado que não estão disponíveis no Brasil.

Proteção cambial:

Investir em ativos atrelados a moedas fortes, como dólar ou euro, ajuda a proteger o poder de compra contra a desvalorização do real.

Exposição a setores inovadores:

Mercados internacionais oferecem exposição a setores em crescimento, como tecnologia, biotecnologia, energias renováveis, entre outros.

Agora que entendemos os benefícios, vamos explorar o passo a passo para começar a investir no exterior.

Principais Tipos de Investimentos no Exterior

Aqui estão as principais classes de ativos disponíveis para quem deseja investir fora do Brasil:

Ações Internacionais

Comprar ações de empresas listadas nas principais bolsas de valores dos EUA, Europa, Ásia ou outros mercados emergentes permite acesso a oportunidades globais de crescimento.

Ações de grandes empresas multinacionais oferecem diversificação setorial e geográfica.

ETFs

ETFs são populares entre investidores internacionais por sua simplicidade e baixo custo.

Eles permitem que você invista em um portfólio diversificado de ações ou bonds com uma única transação.

Além disso, ETFs internacionais oferecem exposição a diferentes mercados, setores e temas globais.

REITs

Para quem deseja exposição ao setor imobiliário global, os REITs são uma excelente escolha.

Eles fornecem acesso a imóveis comerciais, shopping centers, hospitais e outros tipos de propriedades ao redor do mundo, pagando dividendos regulares.

Títulos de Dívida (Bonds)

Investir em bonds internacionais é uma maneira de diversificar suas aplicações de renda fixa, oferecendo maior segurança e rendimentos em moedas fortes, como o dólar ou o euro.

Fundos de Investimento Internacionais

Algumas corretoras e bancos também oferecem fundos de investimento internacionais que aplicam em diversas classes de ativos ao redor do mundo.

Esses fundos podem ser uma opção para quem prefere uma gestão ativa do portfólio.

Passo a Passo para Começar a Investir no Exterior

Passo a Passo para Começar a Investir no Exterior

1. Defina Seus Objetivos de Investimento

Antes de qualquer decisão, é importante entender por que você deseja investir no exterior.

Seus objetivos podem incluir:

Diversificação da carteira:

Reduzir o risco com ativos de diferentes países e setores.

Ganhos em moeda forte:

Aproveitar valorização de moedas estrangeiras como o dólar.

Investimentos em inovação:

Participar de mercados de tecnologia ou setores promissores globalmente.

Ter clareza sobre suas metas ajuda a definir quais tipos de ativos e mercados são mais adequados para você.

2. Escolha a Corretora Internacional

Para investir no exterior, você precisa de uma corretora que permita o acesso a mercados internacionais.

Existem duas opções principais:

Corretoras brasileiras com acesso a mercados internacionais:

Algumas corretoras locais oferecem a possibilidade de comprar ações, ETFs e outros ativos internacionais diretamente, mas com uma gama limitada de opções.

Corretoras internacionais:

São corretoras localizadas fora do Brasil que permitem acessar diretamente as bolsas de valores internacionais.

Exemplos incluem Interactive Brokers, TD Ameritrade, Charles Schwab e Nomad Global.

Ao escolher uma corretora internacional, considere:

Taxas de corretagem e custódia:

Analise as taxas aplicadas sobre transações e custódia de ativos.

Variedade de ativos disponíveis:

Verifique se a corretora oferece uma ampla gama de investimentos (ações, ETFs, bonds, REITs, etc.).

Facilidade de uso e suporte ao cliente:

A interface da plataforma e o suporte oferecido em sua língua ou com boa acessibilidade.

3. Abra Sua Conta e Envie Recursos

Após escolher sua corretora, você precisa abrir uma conta.

O processo costuma ser simples, exigindo a apresentação de documentos como passaporte, comprovante de endereço e informações bancárias.

Alguns pontos importantes sobre esse processo:

Verificação de identidade:

Será necessário enviar cópias digitalizadas dos seus documentos.

Comprovante de residência:

Pode ser exigido um comprovante atualizado (geralmente até 3 meses) que esteja em seu nome.

Transferência de dinheiro:

Utilize uma empresa de câmbio especializada para enviar recursos à sua conta internacional.

Ferramentas como Remessa Online, Wise (antiga TransferWise) ou Nomad oferecem taxas menores que os bancos tradicionais.

4. Selecione Seus Investimentos

Agora que sua conta está pronta e com saldo disponível, é hora de escolher onde investir.

Vamos ver algumas das principais opções:

Ações de Empresas Internacionais:

Você pode comprar ações de empresas estrangeiras listadas nas principais bolsas, como a NYSE (Nova York) ou NASDAQ (EUA).

Algumas das maiores empresas do mundo, como Amazon, Google e Apple, estão disponíveis.

ETFs (Exchange Traded Funds):

São fundos que replicam o desempenho de um índice de mercado.

Existem ETFs que cobrem mercados inteiros (como o S&P 500), setores específicos (como tecnologia), ou até mesmo estratégias de investimento (como ETFs de dividendos).

Eles são uma excelente opção para diversificar com baixo custo.

REITs (Real Estate Investment Trusts):

São fundos imobiliários internacionais que oferecem exposição ao mercado imobiliário global.

Eles são uma forma de investir em imóveis comerciais, residenciais e de infraestrutura ao redor do mundo, recebendo dividendos dos aluguéis.

Bonds (Títulos de Dívida):

Bonds são títulos de dívida emitidos por governos e empresas estrangeiras.

Eles oferecem uma forma de gerar renda fixa com a segurança de emissores globais e em moedas fortes.

5. Acompanhe e Rebalanceie sua Carteira

Após realizar seus investimentos, é importante monitorá-los regularmente.

Mercados internacionais podem sofrer volatilidade, e suas necessidades podem mudar com o tempo.

Um bom investidor acompanha seus resultados e, quando necessário, faz o rebalanceamento da carteira, vendendo ativos que perderam atratividade e comprando outros com melhores perspectivas.

6: Utilize serviços globais para facilitar o processo

Ao investir no exterior, é essencial contar com serviços que ajudem na gestão financeira e operações internacionais.

Plataformas como a Nomad Global são ideais para quem busca soluções práticas para enviar e receber dinheiro em diferentes moedas, além de oferecer cartões internacionais, facilitando compras e saques em outros países.

Esses serviços simplificam o gerenciamento de seus investimentos e reduzem custos de transações, permitindo um controle mais eficiente do seu patrimônio global.

Custos e Tributação de Investimentos no Exterior

Investir fora do Brasil envolve alguns custos e aspectos tributários importantes que você deve conhecer:

Taxas de Corretagem e Custódia

  • Corretoras internacionais cobram taxas de corretagem sobre cada operação e, em alguns casos, taxas de custódia mensais ou anuais.
  • ETFs internacionais costumam ter taxas de administração, que devem ser consideradas no longo prazo.

Tributação no Brasil

  • Imposto de Renda: Os ganhos de capital com a venda de ações e outros ativos no exterior são tributados no Brasil, com alíquotas que variam entre 15% a 22,5%, dependendo do valor do lucro.
  • Imposto sobre Dividendos: No Brasil, dividendos recebidos de empresas estrangeiras são tributados com base na tabela progressiva do Imposto de Renda.
  • Carnê-Leão: O imposto sobre os dividendos e rendimentos deve ser pago mensalmente através do Carnê-Leão.

Riscos ao Investir no Exterior

Assim como qualquer investimento, há riscos associados a investir em mercados internacionais, incluindo:

  • Risco cambial: Flutuações no valor do real em relação a outras moedas podem impactar seus retornos.
  • Riscos econômicos e políticos: Mudanças nas políticas de outros países podem afetar o desempenho dos seus investimentos.

Conclusão

Investir no exterior é uma excelente forma de diversificar sua carteira e acessar oportunidades globais.

Ao seguir os passos deste guia, você poderá começar a investir em ativos internacionais com mais segurança e potencial de retorno.

Lembre-se de sempre estudar as opções disponíveis, monitorar seus investimentos e rebalancear sua carteira conforme necessário.

Diversificar internacionalmente é uma estratégia sólida para aumentar a resiliência e o crescimento de seu portfólio.