Os custos para investir em ações internacionais podem ser o diferencial entre um investimento lucrativo e perdas inesperadas. Entender essas despesas é essencial para qualquer investidor que deseja explorar o mercado global.
Investir em ações internacionais é uma estratégia cada vez mais atrativa para os brasileiros que buscam diversificar seu portfólio e explorar novas oportunidades.
Com o crescimento do acesso a corretoras internacionais e a possibilidade de investir em grandes empresas globais, o interesse por esse tipo de investimento vem aumentando.
No entanto, antes de embarcar nessa jornada, é fundamental entender os custos envolvidos para evitar surpresas e garantir que suas decisões sejam baseadas em informações precisas.
Vamos abordar detalhadamente os custos para investir em ações internacionais, incluindo taxas, tributos e outros fatores que podem impactar o retorno do seu investimento.
Custos de Corretagem e Custódia
Quando se pensa em investir no exterior, um dos primeiros fatores a serem considerados são as taxas de corretagem e custódia.
Assim como no Brasil, corretoras internacionais cobram uma taxa pela execução de ordens de compra e venda de ações.
Essa taxa pode variar significativamente dependendo da corretora e do volume negociado.
Algumas corretoras oferecem pacotes com taxas mais acessíveis para quem realiza muitas operações, enquanto outras podem ser mais vantajosas para quem pretende fazer poucas transações ao longo do tempo.
A taxa de custódia também é um custo a ser considerado.
Essa taxa é cobrada pela corretora ou banco por “guardar” seus ativos, seja em uma conta própria ou em uma conta de custódia compartilhada.
Muitas corretoras internacionais, no entanto, isentam os investidores dessa cobrança, especialmente as que operam de forma 100% digital.
No entanto, é sempre importante ler os termos e condições antes de abrir sua conta para evitar surpresas desagradáveis.
Além disso, algumas corretoras exigem um valor mínimo para que os investidores abram contas e comecem a operar no mercado internacional.
Esses valores podem variar de US$ 500 a US$ 10 mil ou mais, dependendo do tipo de corretora e dos serviços oferecidos.
É crucial escolher a corretora que melhor se adapta ao seu perfil de investidor.
Vale ressaltar que algumas corretoras brasileiras já oferecem a possibilidade de investimento no exterior.
Esse processo, por vezes, pode incluir menos burocracia, mas as taxas tendem a ser mais altas do que nas corretoras estrangeiras.
Avaliar as opções disponíveis e fazer uma comparação cuidadosa entre corretoras locais e internacionais pode gerar uma economia significativa a longo prazo.
Taxas de Conversão de Moeda e Spread
Outro custo importante ao investir em ações internacionais é o relacionado à conversão de moeda.
Investimentos internacionais geralmente são realizados em dólares americanos ou outras moedas fortes, como o euro ou a libra esterlina.
Para isso, o investidor precisa realizar a conversão de reais para a moeda desejada, o que pode envolver uma série de custos adicionais, como o spread cambial e as taxas de serviço cobradas pelas instituições financeiras.
O spread cambial é a diferença entre a taxa de câmbio oficial e a taxa que é aplicada pelas corretoras ou bancos durante a conversão.
Esse spread varia de instituição para instituição, mas geralmente fica entre 1% e 3%. Ou seja, a cada conversão realizada, você pode estar perdendo até 3% do valor em taxas cambiais, o que impacta diretamente seus retornos finais.
Além do spread, pode haver outras taxas relacionadas ao câmbio, como o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Para transferências de dinheiro entre contas internacionais de titularidade do mesmo CPF, a alíquota do IOF é de 1,10%.
No entanto, se a transferência for feita para outra conta, mas com titularidade diferente, a alíquota cai para 0,38%.
Entender a estrutura dessas taxas e como elas impactam seus investimentos é essencial para calcular corretamente os custos para investir em ações internacionais.
Por isso, é sempre importante buscar alternativas que minimizem esses custos, como usar plataformas com menor spread cambial e explorar soluções financeiras como a Nomad Global, uma plataforma que permite transferências internacionais com custos reduzidos e facilita o acesso a investimentos em mercados globais.
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Tributos sobre os Investimentos Internacionais
Além das taxas operacionais, os investidores brasileiros que optam por investir no exterior também precisam se atentar aos tributos que incidem sobre esses investimentos.
Em 2023, uma nova legislação alterou as regras de tributação para aplicações financeiras no exterior, fixando uma alíquota única de 15% sobre os ganhos obtidos com esses investimentos.
Essa tributação é feita anualmente por meio da declaração de Imposto de Renda (IR), e o cálculo dos lucros é realizado em reais.
Por exemplo, se um investidor comprou ações de uma empresa norte-americana por US$ 1.000 quando o dólar estava cotado a R$ 4,00, e vendeu essas mesmas ações por US$ 1.500 com o dólar a R$ 5,00, o lucro seria calculado com base na valorização em reais, ou seja, o valor de venda seria de R$ 7.500 e o de compra de R$ 4.000, gerando um lucro de R$ 3.500.
Sobre esse valor, será cobrada a alíquota de 15%, resultando em um tributo de R$ 525.
Outro ponto importante é a tributação de dividendos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, os dividendos pagos por empresas listadas são tributados na fonte a uma alíquota de 30%.
Isso significa que, ao receber dividendos de uma ação estrangeira, o investidor já estará pagando esse imposto diretamente ao governo do país onde a empresa está sediada.
Em outros países, como a Irlanda, essa alíquota pode ser ainda maior, chegando a 51%.
No Brasil, os dividendos não são tributados, o que faz com que muitos investidores estranhem essa prática em mercados internacionais.
Portanto, é fundamental levar em consideração esses custos ao planejar suas estratégias de investimento, especialmente se o seu foco for a geração de renda passiva por meio de dividendos.
Outros Custos Associados ao Investimento Internacional
Além das taxas de corretagem, custódia, conversão de moeda e tributos, existem outros custos que podem surgir ao investir em ações internacionais.
Por exemplo, dependendo da corretora escolhida, pode haver taxas para manutenção de contas ou para a retirada de fundos.
Algumas corretoras cobram tarifas por inatividade, penalizando o investidor que não realiza operações por um determinado período.
Há também o custo de monitoramento e educação.
Investir em ações internacionais exige um certo nível de conhecimento sobre os mercados estrangeiros, suas particularidades, as regras de cada país, além de um acompanhamento constante das variações cambiais e dos resultados das empresas.
Dependendo do seu nível de experiência, pode ser necessário contratar consultores financeiros ou acessar plataformas de análise que fornecem informações detalhadas sobre o mercado internacional.
Portanto, é fundamental que o investidor esteja ciente de todos os custos para investir em ações internacionais antes de iniciar essa jornada.
Embora as oportunidades sejam amplas, os custos envolvidos podem afetar diretamente os retornos, especialmente para aqueles que não estão preparados para administrá-los adequadamente.
Investir em ações internacionais pode ser uma excelente maneira de diversificar o portfólio e acessar mercados que oferecem grande potencial de crescimento.
No entanto, é crucial entender os custos para investir em ações internacionais, como taxas de corretagem, custódia, conversão cambial, impostos e outros encargos.
Com uma boa estratégia e a escolha das ferramentas adequadas, como a Nomad Global, você pode minimizar esses custos e maximizar seus retornos ao explorar oportunidades globais.